As eleições na Venezuela não são obrigatórias; mesmo assim, no dia 28 de julho de 2024, cerca de 11 dos mais de 21 milhões de venezuelanos aptos a votarem foram às urnas e reelegeram o atual presidente, Nicolás Maduro, com 51% dos votos válidos. Surpresa? Fraude? A princípio, meras suposições, mas há indícios de irregularidade no pleito, tanto que diversos países não reconheceram o resultado das eleições; entre eles, os Estados Unidos, a União Europeia, o Reino Unido e a Argentina. Do lado de Nicolás Maduro – por assim dizer –, estão a Rússia, China, Cuba, Irã, Bolívia, entre outros. Sob a óptica sul-americana, portanto, o mundo parece dividido.

E o Brasil? Em comunicado, o Ministério de Relações Exteriores (MRE) reafirmou o “princípio fundamental da soberania popular, a ser observadora por meio da verificação imparcial dos resultados”. Ou seja, não tomou partido; não reconheceu a vitória do atual mandatário socialista, tampouco admitiu a derrota de seu adversário e mais cotado segundo as pesquisas e opinião pública, o diplomata aposentado, Edmundo González Urrutia.

Enquanto isso, o povo venezuelano sofre a inflação, com estimativa de 160% para 2024; salário mínimo equivalente a USD 130 – aumentado nitidamente em função da campanha à reeleição do atual presidente –, e um êxodo migratório jamais vivenciado na história do país. Para constar, milhares de venezuelanos residentes fora do país foram cerceados do direito de votar.

Enfim, desde Hugo Chávez – antecessor de Nicolás Maduro – que a Venezuela vive seu calvário político e social, com o governo ditando as regras contra tudo e contra todos que contrapõem em seu caminho. Até quando?! Só Deus sabe, e até Nicolás Maduro permanecer no poder!

Enquanto isso, o governo brasileiro continua em cima do muro.